O Nascimento do João – Ligia e Raphael – Parto Humanizado – Karol Felicio Fotografia de Parto
Karol Felicio – Fotografia de Parto
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Músicas: Every Breath: Gungor
Maternal: Maria angelica e Rafael Rharanaka
Cromossomo do Amor – sobre descobrir a Síndrome de Down no Parto
Todos os exames foram feitos, nenhuma alteração foi observada. Mayara era uma gestante de baixo risco e, por isso, estava apta a viver seu parto domiciliar tão desejado. Foi ao olhar para Aurora, no seu primeiro minuto de vida, que Mayara percebeu que “alguma coisa não estava certa”, num primeiro momento. Aurora tem Síndrome de Down. E isso só foi descoberto no parto. Confirmado nos dias seguintes. Conheça essa história e apaixone-se.
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Eu sou um apanhado das histórias que eu vivo, somos todos. Agradeço, com amor e respeito, a oportunidade que o universo me dá de testemunhar histórias transformadoras. Hoje, especialmente, eu transbordo gratidão por tudo que me cerca, por você que está lendo esse texto também. Espero que essa energia faça que seu dia seja preenchido de amor e luz. Se você ainda não conhece, eu te apresento Aurora, linda de viver.
O histórico da Mayara era de parto extremamente rápido, o maior desafio da equipe era chegar a tempo. Eu já estaria satisfeita se conseguisse chegar. Mal sabia eu quanto amor viria pela frente. Mayara é uma mulher deslumbrante (como vocês podem ver). Quando cheguei ela estava exatamente aí nesse chuveiro, com aquele barrigão, rindo entre uma contração e outra em pleno parto ativo. Em 10 minutos a Aurora viria ao mundo.
Ela veio naturalmente, empelicada (dentro da bolsa, que não rompeu), dentro da banheira, em casa, acolhida pelas mãos do papai, direto para o colo quentinho da mamãe, sob os cuidados das enfermeiras obstetras Telemi e Uiara. Foi lindo, eu estava extasiada, numa dimensão de puro amor, para onde os partos respeitosos me levam sempre. Eu realmente não conseguia observar nada, além de amor. Mas aos olhos atentos de uma mãe, nada passa despercebido. E Mayara sabia, antes de qualquer um, que alguma coisa tinha acontecido.
Neste domingo o jornal A Gazeta publicou uma matéria sobre essa história. No jornal impresso, no caderno Vida e Família e também online. O texto é da jornalista Paula Stange.
Clique aqui para ler a matéria: “Soube que minha filha tem Síndrome de Down no parto”
Se você não viu as fotos desse parto, confira aqui no clipe:
Ah, e antes que me esqueça, um textinho que fiz pra Aurora no dia do seu nascimento. Sou grata.
Aurora… Vem anunciar o sol, é como o nascer do sol, aquela que brilha como ouro. Sobrevoando os céus, anunciando um novo dia. Coisa de mitologia.
E vem pousar justamente aqui, porque não há outro lugar onde você poderia estar.
Veio baixando o volume, a velocidade, deixando a paz e o amor tomarem conta, bem devarzinho, porque é aos pouquinhos que a gente vai colocando as coisas no lugar.
No lugar onde sempre deveriam estar. No lugar onde você está. Porque não há outro lugar onde você deveria estar.
Aurora, não tem segredos, não tem mistérios, não tem conflitos. É fácil de escrever e de falar. É fácil de lembrar. É a simplicidade do seu nome quem dá o tom do dia que você veio anunciar.
E agora, exatamente aqui, no seio de sua mãe, onde mora o mar, uma mansidão, um oceano inteiro de amor a te embalar.
Porque não há outro lugar onde você poderia estar.
Karol Felicio – Fotopoesia de Parto
Irmãos no trabalho de parto, pode? 15 imagens para morrer de amor!
Hey, querid@s! Hoje vou falar de um tema que eu AMO fotografar: irmãos na cena do parto. Porque essas criaturinhas trazem tanto amor e alegria que é impossível não render deliciosos momentos para registrar.
E será que é bom para uma criança assistir o nascimento do irmão? Ver a mãe em um trabalho de parto pode ser traumático? Será que pode? A psicóloga perinatal Bianca Martins diz que sim, com algumas recomendações.
“A criança pode participar? Pode. Primeiro, desde que ela queira. Segundo, desde que ela tenha sido preparada pra isso. Terceiro, há que se considerar a idade dela. Uma criança muito nova, numa situação de expulsivo, pode ser complexo. E quarto, que essa criança tenha uma pessoa para cuidar dela também”
E completa “As crianças que não querem participar tem que ser respeitadas, as que querem, tem que ser preparadas, de uma forma lúdica, para que possam entender o processo da dor. A família tem que se preocupar em ter mais alguém para cuidar dessa criança na cena do parto. É muito importante que essa criança tenha alguém cuidando dela porque é uma situação em que tudo o que ela vai vivenciar precisa de elaboração. A gente não sai ileso de uma cena de parto, a criança também não. Alguém preparado, que entenda o processo de parturição, alguém da família, um avó, uma avó, uma tia, uma prima. Qualquer coisa do universo dos adultos, se a criança está perto ela precisa estar acolhida”.
E esse foi exatamente o cenário que a Camille Teixeira narrou:
“Na verdade a vontade de participar partiu deles. Eu fiquei preocupada de em algum momento eles entenderem que eu estava sofrendo. Então eu coloquei alguns vídeos de parto humanizado e fui explicando cada momento. Falando ‘vai ter horas que a mamãe vai chorar, vai gritar, vai ter sangue, mas tudo isso faz parte’, que era pro irmão deles nascer, então foi bem natural. A única coisa que eles mesmos decidiram que não queriam participar foi no hospital (já no expulsivo) e foi o que a gente fez. Assim como eles decidiram que queriam cortar o cordão e foi tudo muito natural e muito emocionante. Eles adoraram, chegaram na escola a primeira coisa que eles contaram foi que viram o irmão nascer, que cortaram o cordão…”
Agora, sem mais delongas, vamos nos deliciar com 15 momentos incríveis de irmãos acompanhando trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Continue reading “Irmãos no trabalho de parto, pode? 15 imagens para morrer de amor!”
Parto Natural: como aliviar a dor em 08 passos
Vou começar essa matéria com uma coisa que, se você não sabe, você precisa saber. Amiga, parir dói! Pronto, passamos a parte mais difícil da matéria. O resto vai ser mais fácil, pode acreditar. Ah, e no item 04 você vai perceber que a dor é relativa e subjetiva…. vamos lá?
Bem, colocando cada coisa em seu lugar: Parto Normal não é, necessariamente, Parto Natural. Quando uma mulher opta por um parto natural, ela opta por um parto vaginal sem intervenções farmacológicas como anestesia ou substâncias para acelerar o trabalho de parto.
Num parto natural a mulher tem maior escuta sobre seu corpo e consegue conduzir com melhor consciência o nascimento de seu bebê. A dor, portanto, faz parte desse processo. Mesmo assim, o parto natural vem ganhando cada vez mais adeptas.
“Um crescimento na busca pelo parto natural vem acontecendo nas últimas décadas e isso é fruto de maior informação por parte das pacientes sobre o processo de transformação da mulher em mãe. À medida em que domina o que ocorre com seu corpo, a mulher consegue enveredar por essa linda e recompensadora jornada” – Amanda Vieira – Ginecologista Obstetra
O parto natural exclui o uso de substâncias medicamentosas para alívio da dor, no entanto outros métodos são utilizados com essa função. De qualquer forma, mesmo em um parto normal com uso de analgesia, é provável que você sinta dor em alguns momentos, porque você não vai estar sob efeito de analgesia durante todo o processo (obs: é o que esperamos!).
Portanto, consultamos alguns especialistas e falaremos sobre algumas ações que contribuem para o alívio da dor no parto. Seguem abaixo:
- Escolher a sua posição para parir
“A melhor posição para parir é estritamente e absolutamente a posição escolhida pela parturiente. Sempre temos uma inclinação à posição vertical por ajuda da gravidade, mas cada parto e escolha são únicos” – Observa Amanda Vieira, ginecologista obstetra.
2. Ter uma Doula:
A palavra Doula vem do grego e significa “mulher que serve”. Continue reading “Parto Natural: como aliviar a dor em 08 passos”
Cordão umbilical: a hora certa de cortar
Entre os detalhes aos quais nunca antes se prestou tanta atenção, a hora certa de cortar o cordão umbilical tem ganhado atenção especial. O fato é que o corte precoce do cordão, impede que o bebê desfrute de diversos benefícios.
Um estudo realizado pelo Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra que o corte ou clampeamento tardio do cordão garante mais absorção de ferro para o bebê. O que reduz as chances de anemia nos primeiros meses de vida do bebê
“Esperar pelo menos 03 minutos para o corte do cordão ou até que ele pare de pulsar garante que o bebê receba mais sangue da mãe, o que previne a anemia do recém-nascido e até essa criança completar 02 anos”, garante a neonatologista Delza Lucia Marim de Menezes.
O bebê, dentro do útero, recebe oxigenação pela placenta e quando nasce esse sistema muda e o bebê passa a respirar pelos pulmões. É importante que essa transição seja feita de maneira segura e aí o clampeamento ou corte tardio do cordão ganha mais um ponto. É preciso garantir que esse bebê esteja preparado para respirar fora do útero.
“O corte ou clampeamento tardio ajuda o bebê respirar melhor depois do parto. E isso pode ser feito tanto no parto normal quanto na cesariana”, acrescenta a neonatologista.
O nascimento de Alina – Allana & Eduardo – Parto Humanizado – Karol Felicio Fotografia de Parto
Silenciar pra ajeitar as coisas no porão da nossa alma. A gente segue silenciando, pra poder seguir em frente.
Segue organizando – às vezes até entulhando – caixa sobre caixa, em gavetas que a gente já até perdeu a chave. Às vezes tem tanta coisa guardada…
[O grito]
O grito é uma lança afiada que vem estilhaçando silêncios e derrubando todas as caixas, subindo a poeira, arrebentando gavetas e escancarando as portas e janelas.
Grito é liberdade, amor e cura.
Tem dores que urgem serem gritadas, porque às vezes, dentro da gente, não tem nada mais ensurdecedor que o silêncio.
{O nascimento da Giovana} – Parto Domiciliar
Dor é coisa de cada um. Por aqui, parir não é tabu. As crianças chegam quando tem que chegar.
Quem vier com amor já pode entrar. Deixa as coisas na sala, passa um café, deita na rede.
Todo mundo em casa. Afeto aqui é coisa que não falta.
As meninas estão dormindo, amanhã tem aula. Mas se acordar, vem se juntar. Tem uma geração de mulheres e uma rede de apoio pra acompanhar.
Energia Feminina. Vovó acorda a tempo de ver Giovana chegar. Desculpa, pai, não deu pra te esperar.
Já tem cheiro de pão de queijo. Passa mais um café, arruma a mochila, que o sol raioi e o dia precisa recomeçar.
Giovana já é de casa. Liga a TV e dá um cantinho do sofá.
O nascimento da Betina – Juliane e Neto – Parto Humanizado
Preguiça de gato em raio de sol.
Cozinha com cheiro de alho refogado.
Hortelã pimenta no quarto.
Da porta pra dentro, outra dimensão.
– Sândalo com patchouli –
Sob o olhar atento de Bastet. Deusa da fertilidade.
“Se a cabeça está aqui, onde está o coração?”. Auscuta.
Fragmentos de poder e suavidade.
Em tudo, espiritualidade.
Ronronar de prazer.
Elegância felina.
Sensualidade.
Movimentos atentos.
E o arrepiar dos pelos das costas.
Alerta no gatil.
Entardece. Anoitece.
[Hiato temporal]
Exaustão e movimento. Noturnos hábitos.
Briga entre o tempo e quem tenta controlá-lo.
Madrugada adentro.
Amanhece.
Aceita. Muda a rota. Confia.
Energia, vida, amor e paz. Mãos postas.
Betina vem – fecha os olhos, ri, chora. Agradece.
Karol Felicio – Fotopoesia de Parto